RELAÇÃO ENTRE OS MOVIMENTOS FEMINISTAS E LGBT[i]
O movimento feminista e suas
vertentes surgiram para dar a voz para a mulher que, em função do patriarcado,
sofre com a desigualdade civil. É necessário avaliar que a luta feminina se
assemelha com a dos LGBT, ambos sofrem com a hierarquização do homem hétero.
Ainda assim é defendida a soberania masculina nos dias de hoje. Desse modo os
dois movimentos foram criados com motivos semelhantes, para desconstruir os
padrões impostos desde muito tempo.
É possível observar o que as duas
lutas têm em comum, como combater o machismo e conquistar a igualdade civil, em
que mulheres e homossexuais tenham os mesmos direitos que um homem
heterossexual.
Vale ressaltar que o Brasil é o país
em que há uma grande proporção de crimes de ódio contra os LGBTs e as mulheres.
Os dois movimentos vêm com a iniciativa de criminalizar esses atos e atualmente
os homossexuais já conquistaram a criminalização da homofobia, assim como os
transexuais têm o direito a recorrer a Lei Maria da Penha.
Outra semelhança é que o Feminismo e o movimento LGBT
tentam, através de manifestos, influenciar cada vez mais a construção da
liberdade corporal, fazendo com que a sociedade sofra os efeitos e tenha
resultados positivos em prol dos Direitos Humanos. É neste sentido que surgiram
as marchas, como a “Marchas das Vadias’’, dentre
outros movimentos em prol a causa feminina, que consiste em mostrar o orgulho
em ser uma mulher, e as “Paradas Gay", em que um grupo de homossexuais se
reúne e comemora nas ruas, demonstrando o seu orgulho pela sua orientação
sexual e até mesmo gênero. Nesse contexto a frase de Simone de Beauvoir "Não
se nasce mulher, torna-se mulher" se encaixa, tanto na luta feminina
quanto na luta dos LGBTs, especialmente lésbicas e transexuais.
A representatividade feminina dos LGBTs ainda não é
visível na sociedade, no mercado de trabalho, nas escolas e na política. Porém,
foram criadas organizações e grupos para possibilitarem a visibilidade e
representatividade no âmbito social, para atenderem a necessidade desses
grupos. Uma delas é a possibilidade do/a transssexual ter um nome social e
colocá-lo em sua nova identidade.
Desde 2013, é mais fácil para os/as
transexuais mudar seu gênero no passaporte. Com a chegada da possibilidade de
colocar o nome social e poder criar uma nova identidade o indivíduo
transsexual, passa a sofrer a mesma condição de subalternidade, semelhante à situação
da mulher que cria uma identificação durante a história da humanidade, em que
ela mesma possa ser o que ela quer ser, sem qualquer tipo de interferência
masculina.
Sobretudo, há uma nova onda do Feminismo, em
que o movimento passa a criticar as práticas do capitalismo como uma fonte para
a desigualdade e a exploração do corpo como, por exemplo, a pornografia e a
prostituição.
Os
LGBTs sofrem com a subjugação do capitalismo. Isso se deve a empresas que usam
a marca do Orgulho Gay para atrair mais pessoas pertencentes ao grupo. Porém é
uma grande hipocrisia, pois as empresas não promovem a entrada no mercado de
trabalho para transsexuais e homossexuais, e em diversos casos são totalmente
explorados para lucro dessas empresas.
Hoje em dia é visto que os movimentos Feminista
e LGBT são rejeitados por parte da sociedade, mesmo com uma variedade de lutas,
representatividades, diversas tentativas para a inserção no mercado de trabalho
e a busca por identidade. De fato são movimentos de suma importância para a
sociedade poder evoluir e deixar certos paradigmas de lado, porém, como a
heteronormatividade e o patriarcado ainda existem na concepção de muitas
pessoas, muitas pessoas acabam não dando a devida atenção para os movimentos e
simplesmente agem com ignorância ao criticá-los
[i] Texto
produzido nas aulas de Língua Portuguesa e Sociologia.
[ii] Aluno da
3ª Série do Ensino do Médio.
Parabéns Arthur! Siga escrevendo assim como você desenha.
ResponderExcluirParabéns mestres!
No Recanto do Fazer se aprende assim.